Sacudimento nada mais é...
Sacudimento nada mais é do que uma profunda limpeza espiritual, que tem o objetivo de fazer uma “reorganização energética” da pessoa.
Cada casa obedece um ritual para este sacudimento, todos legítimos e válidos. Uns fazem na mata, outros à beira da praia, da cachoeira, etc. No CEPMM fazemos no nosso templo mesmo, utilizando a energia que é preparada dias que antecedem o ritual em si.
Os guias espirituais do CEPMM realizam trabalhos com a finalidade de ampliar a força energética da Casa, fazer limpeza e equilibrar todas as energias nas semanas que antecedem o Sacudimento.
Utilizamos no nosso sacudimento verduras, legumes, folhas, velas, sementes, ovos e água, tudo advindo da natureza, de procedência animal (ovos), vegetal e mineral, ou seja, tudo para levar e encontrar equilíbrio energético ao corpo humano e espiritual.
Os elementos utilizados são todos passados pelo corpo da pessoa para que haja uma transferência da energia dos elementos para o perispírito de quem está fazendo o sacudimento naquele momento, e com isso, liberar: sentimentos ruins, pensamentos negativos, liberar energia, equilibrar chacras, etc. Mas tudo na medida do entendimento, da vontade e do pensamento daquele que está recebendo aquele tratamento e, claro, dentro do merecimento de cada um.
Por isso, que cada pessoa que passa pelo sacudimento tem um sentimento, uma reação e quem está realizando também sente diferente em relação a cada uma das pessoas. Trata-se de troca energética, e desta forma vai depender obviamente de qual energia está fluindo ou deficiente.
Quanto aos elementos utilizados
Devem ser utilizados elementos advindos da terra, do ar e da água, para que o ciclo energético seja concluído e fechado.
Dentre os elementos disponíveis na nossa casa utilizamos aqueles mais baratos da época, mais fáceis de encontrar ou, as vezes, aqueles que a espiritualidade direcionam a depender do grupo que será “sacudido”. Mas sempre considerando aqueles que identificamos mais com as energias dos Orixás que são cultuados em nossa casa: Ogum, Iemanjá, Iansã, Xangô, Oxum, Oxalá, e também Oxossi, Abaluaê e Nanã, além da força dos pretos-velhos.
Elementos que produzem no ar, advém da terra, mas também utilizam a força do vento para a sua produção: xuxu e vagem;
Brotam sobre a terra mas estão bem próxima dela, pressas ao chão: abobora, cabotiá, batata doce;
Se desenvolvem embaixo da terra: cenoura, beterraba, batata inglesa;
Para sua utilização utilizamos fogo e água: arroz, feijão, milho (angu), canjica;
Folhas verdes que utilizam muita água para a sua produção: alface, acelga e repolho;
Representam a vida, já que possuem todos os elementos necessários à produção da vida: ovos
E fecha e abre com pipoca: amarela – início da limpeza, branca – fechamento do trabalho, como se fosse o fechamento do cadeado para que permaneça o equilíbrio que fora adquirido.
Os legumes e as verduras correspondem às cores dos orixás e ainda aos pratos que são feitos para oferendas dos orixás.
Assim, o trabalho acontece da seguinte forma:
1. Pipoca amarela: força de Abaluaê – limpeza dos miasmas, puxando sentimentos e pensamentos como se fosse a primeira água de algo muito sujo aquela primeira limpeza;
2. Feijão cozido: força de Ogum – logo depois da limpeza bruta, vem a sua energia para nos ensinar enfrentar dificuldades;
3. Vagem: força de Ogum, com o intuito de abrir caminhos. A vagem representa nada mais que o feijão cru, ainda na sua fase inicial de produção, e com isso simboliza o início forte para que produza algo forte;
4. Abobora verde: força de Oxossi e Oxumaré, para atingir o nosso pensamento, psiquismo e o equilíbrio e assim conseguir receber a energia que pretende transmitir com a energia que cada elemento e capacidade de renovação.
5. Cenoura: força de Iansã, para trazer força para decisão e mudanças.
6. Beterraba: força e Iansã e Nanã. Iansã representa os movimentos da natureza, representa para nós as batalhas que temos que travar e enfrentar para que após as tempestades tenhamos equilíbrio para receber a bonança;
7. Batata-doce: força de Oxumaré e Ogum, capacidade de renovação, curiosidade, inteligência, vontade de auto-conhecimento;
8. Arroz: força de Iemanjá – trazendo o equilíbrio na metade do sacudimento; reconstrução e formação da vida;
9. Cabotiá: força de Iansã – batalhas internas;
10. Batata inglesa: força de Xangô – renovação energética;
11. Alface: força de Oxossi – ressurgimento e possibilidade de vencer lutas;
12. Repolho: força de Iemanja e Oxum;
13. Acelga: força de Caboclo;
14. Canjica: força de Oxalá, trazendo equilíbrio;
15. Angu: força de Oxossi e Oxum;
16. Pipoca branca: Oxalá;
17. Ovos: representa a vida, o renascimento, a a possibilidade de nascer um novo homem, concedendo força e equilíbrio para tal
18. Banho de ervas: são varias ervas de proteção, limpeza, equilíbrio, etc. Como se fosse a última mão de verniz.
Passamos o ano inteiro trabalhando a possibilidade de renovação interna. Todos os trabalhos, palestras, ensinamentos e conversas com os guias são todos no sentido de renovação, de descoberta do nosso eu, nosso auto-conhecimento, e o sacudimento também tem este mesmo objetivo, ou seja, mais uma ferramenta para que possamos conseguir auto-conhecimento, o que nos possibilitará evoluir espiritualmente.
